As nuvens
cobrem o sol, pintando o céu de preto anunciando mais um dia de tempestade. Raios
tocam a terra, os sons dos trovões invadem o mundo, aterrorizando corações já
partidos.
O mar
revolto beija a encosta como uma amante furiosa em busca de vingança. A chuva é
uma sinfonia lamuriosa para os corações que foram estilhaçados pela vida. As lágrimas
misturam – se com as águas oceânicas, o mar está cheio do sabor amargo da
derrota.
O corpo afunda cada vez mais rápido sob o peso
que o mundo colocou em seus ombros. Já não há mais luz que consiga vencer as águas
turvas. A superfície continua revolta, sofrendo com os fortes ventos, raios e
trovões que compõe a sinfonia melancólica de um céu choroso, mas no fundo dos
mares a paz reina.
Paz inalcançada
em vida, mas que a morte proporciona ternamente. O corpo toca as areias oceânicas
com a leveza de uma pluma. Todo o peso se fora junto com o último fôlego de
vida.
A tempestade
cessa, a sinfonia emudece, a vida se fora para sempre...
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