Um turbilhão de emoções

Boas Vindas

Sejam todos bem vindos!!!
Compartilhem suas ideias, sonhos, imaginações, por mais que pareçam estranhos, gostaria de ouvi-los.
Aqui posto meus textos, minhas ideias...
Beijinhos

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Partida


Estava amanhecendo quando o trem partiu e da minha janela pude vê-lo acenando para mim... Nunca mais o veria e isso fez com que lágrimas brotassem em meu rosto.
A paisagem passava despercebida, sem vida e eu me recordava dos bons momentos que passamos juntos. Cada riso, abraço, sua voz ficara guardada comigo em minha caixinha mais sagrada que sempre era carregada por mim.
Ainda sinto seu perfume, seu calor ao me abraçar. Vejo pequenos flashes dos momentos que passamos juntos. Ele fez parte do meu grupo preferido de heróis... Aqueles que são tão humanos quanto nós, simples em sua forma, porém magnificos em suas ações. Seu poder era trazer alegria e vida ao ambiente, lágrimas e tristeza nunca foram páreas para meu herói particular.
O sol começa a dispersar as nuvens da minha alma trazendo esperança novamente para preencher o vazio que assola meu planeta. A locomotiva da um pequeno solavanco indicando o fim da viagem. Pego minha bagagem e me despeço dele para sempre...
Paro na porta. A brisa brinca comigo, fazendo meus cabelos dançarem a minha volta, um vento suave traz a lembrança de nossa despedida naquela manhã. Ele me esperava na estação com um pequeno presente nas mãos, entregou-me o embrulho dizendo que logo a tristeza passaria, pois Deus me presenteara com pessoas maravilhosas e quando eu chegasse ao final do caminho, alguém estaria esperando por mim.
Desci do trem e fiquei parada observando o pouco movimento que ali reinava, estava tudo tão silencioso, a vida passava em câmera lenta envolta em névoa. Dei-me conta de que ainda segurava o embrulho então o abri. Era um pequeno cristal que exposto à luz brilhava de maneira mágica, trazia a luz do sorriso dele e um sorriso enfeitou minha face.
Meus olhos se voltaram para uma pessoa que estava sentada em um banco, assim que me avistou sorriu e veio segurar minha bagagem, segurou minha mão e disse que me esperava há algum tempo. Esta era a pessoa  que ele se referia...
Encaminhávamo-nos para a saída quando paramos para observar a locomotiva partir e senti a tristeza me invadir novamente, mas dessa vez não estava só, ele me abraçou reconfortando-me e saímos para enfrentar mais uma estação, com a certeza de que um dia pegaríamos o trem novamente para um lugar desconhecido onde apenas a paz reina.


    

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Sensações


Era crepúsculo e mais uma vez estava sentada na beira do lago observando as águas turvas que me encaravam.
Passara-se muito tempo desde aquela noite... Ainda sinto o seu perfume e ouço sua voz chamando meu nome tão docemente que um sorriso enfeita o rosto da garota do lago, era boa a sensação, porém não é a mesma de quando o vi se aproximando pela primeira vez, com os olhos cheios de vida.
Foi em um dia de outono, as folhas caíam das árvores em lindos espirais, já era hora do crepúsculo quando ouvi alguns passos. Virei-me e os meus olhos encontraram os seus, naquele momento a ligação foi feita... O choque me paralisou, meus batimentos cardíacos aumentaram isso ia contra as minhas regras, não poderia sentir esse afeto por ninguém. Porém ele continuou caminhando na minha direção. Não me movi quando ele tocou meu rosto com seus dedos quentes ou era minha face? Não havia resposta plausível.
Tentei fugir e ele passou os braços em minha cintura levando-me para perto de si. Senti seu perfume, era hipnotizante. Enquanto afagava meus cabelos cantarolava uma linda canção, quando o olhei seus olhos encontraram os meus e estes eram de uma intensidade que me fez perder a linha de raciocínio e esquecer todas as leis que havia criado. Ele aproximou seu rosto do meu, minhas pálpebras se fecharam e a ligação foi completada. Já era noite quando seguimos nossos caminhos.
A noite caia quando senti algo quente tocar minha mão interrompendo meus devaneios, o mesmo perfume preenchia o ar, então tive certeza do que se tratava. Ele finalmente voltara. Delicadamente puxou-me para junto de si e assim ficamos em silêncio nos olhando, afinal palavras não cabiam ali, apenas meu olhar bastava.


          

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Sombras da Alma


Hoje o dia amanheceu nublado, as nuvens cobriram meus olhos...
Comecei caminhar às cegas, gostaria que alguém me guiasse até meu lar, porém não encontrei ninguém que pudesse me ajudar.  Alguns passos depois percebi que minha visão estava voltando, olhei a minha volta e vi uma velha casa com um jardim de flores secas, as árvores já estavam sem vida, à pintura da fachada se fora com o tempo. Resolvi entrar...
Ao abrir a porta me deparei com vários móveis cobertos com lençóis brancos, a poeira predominava o local... Andei a esmo pelos cômodos tentando encontrar alguém, algum sinal de vida, algo que trouxesse minha vida de volta. Subi a escada e fui em direção a uma porta aberta no fim do corredor, como sempre o silêncio predominava o local, isso aumentava meu medo, porém algo me puxava para aquele cômodo, talvez fosse apenas curiosidade, mas eu sabia que tinha algo a mais.
Parei na porta. O medo sussurrava em meu ouvido:
- Saia daqui antes que seja tarde demais...
Resolvi não dar atenção a ele e entrei no cômodo. Era um pequeno quarto com lindas decorações em formas de espirais nas paredes, assim como os móveis do térreo estes estavam escondidos por lençóis brancos, os retirei, fazendo as partículas de poeira flutuarem no ar como se estivessem dançando para mim. Um pequeno sorriso formou-se no canto de minha boca, me assustei,  há tempos isso não acontecia, e assim fiz com todos os móveis da velha casa. Corria de um canto a outro rindo e brincando com as partículas que dançavam para mim...
         Encontrei um baú em baixo do lindo piano da casa... O abri e me surpreendi ao ver o que estava lá dentro. Havia várias fotos, sorrisos, abraços, carinhos, beijos, e uma pequena caixa de música. Quando eu a abri uma linda música preencheu o silêncio. Tinha uma vaga lembrança daquela melodia, vinha de uma vida cheia de afeto e alegria. Como magia a luz do Sol penetrou nas nuvens de meus olhos e me fez enxergar com clareza...
         Sentado no sofá da pequena sala estava um belo moço, sem jeito me aproximei dele e o perguntei:
         - Está casa é sua? Desculpe estava vazia...
         Ele olhou para mim com ternura e me puxou para junto de si, sussurrando em meu ouvido:
         - Não... Ela é nossa.
         Ele viu a confusão em meus olhos, me abraçou e repentinamente entendi tudo...
         O jardim estava em flores, às árvores voltaram a fazer sombra durante o verão e eu ainda ouço a bela canção, que um dia foi tocada dentro do meu coração...



     


quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Coisas da vida

Os homens?
Seres tão racionais que as vezes chego a pensar que não possuem sentimentos...
As mulheres?
Seres tão sentimentais que são capazes de amar quem as fere...
Resultado disso?
A mais bela combinação onde um completa o outro, ensinando a se viver da mais bela maneira...
O que penso disso?
Seres humanos são intrigantes...
O que penso sobre o amor?
É inexplicável...

domingo, 2 de outubro de 2011

Pincel e música

O que fazer quando palavras não traduzem o que sentimos? Quando um olhar já não é o bastante? Não conseguimos falar e apenas gostaríamos que alguém chegasse e nos tirasse desse vazio... Minha mente é um turbilhão de pensamentos que vagueiam sem rumo. Agora caminho por aí, nesse mundo preto e branco, procurando o pincel certo e as cores certas para preencher os traços dos caminhos por onde passo... Tento encontrar as falas desse filme mudo que vivo... A música certa um dia será tocada e com ela o meu pincel deixará meu mundo colorido...


quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Jornada



É inverno no meu mundo, a neve cai constantemente. Faz anos que a primavera foi e não voltou... Ando por aí a procura dela, mas um sábio disse que ela somente voltará com a felicidade, portanto estou à procura dessa tal.
Iniciei minha jornada nas Montanhas dos Sonhos, onde encontrei coisas que nunca imaginaria que houvesse se não fosse nos devaneios de alguém, porém ela lá não estava.
Desci a montanha com a frustração me cercando, essa sorria de maneira irônica e provocante, aquilo me deixava cada vez mais infeliz... Mas a esperança segurou em minhas mãos e me ajudou a escalar algumas pedras e a levantar quando os pedregulhos do caminho me faziam tropeçar.
Segui pelo Deserto dos Desejos, mas lá não avistei nada a não ser o vento levando as areias do tempo para longe, bem longe... E mais uma vez a frustração olhou para mim com ar esnobe e continuou a zombar, dizendo que a busca era inútil, que nunca encontraria a tal felicidade... Meus olhos se banharam de lágrimas, porém mais uma vez a esperança me ajudou com seu abraço me reconfortou e me deu forças para continuar a jornada.
Houve um dia em que o medo me perseguiu e quase morri ao me deparar com o Penhasco da Dúvida, esta me puxava cada vez mais para o abismo, estava enfeitiçada pelo medo e fui em direção à dúvida, está parecia acolhedora. Mas senti algo me puxar... Era a esperança novamente zelando por mim, sorria carinhosamente...
Cheguei a Gruta das Dores, sendo esta a parte mais difícil da viagem. Passei a noite lá e durante a madrugada comecei a ter calafrios e a delirar, pedia para que me levassem desse mundo, pois já não aguentava tanto dor, tanta desilusão... A frustração continuava ali ao meu lado zombando dizendo que eu nunca iria conseguir, o medo continuava no meu encalço, esperava apenas uma brecha, um descuido para atacar. Senti que estava desfalecendo, meus olhos começavam a se fechar e a ultima coisa que vi foi o rosto da esperança que apesar da preocupação passava confiança e segurança.
Abri os olhos com dificuldade, estava em um lugar muito iluminado... Será que meu pedido havia sido atendido? A frustação, a dúvida e o medo tinham me vencido? Tentei levantar, senti mãos macias me ajudando, era a esperança mais uma vez cuidando de mim, perguntei o que havia ocorrido, por que estava tão machucada? E como meus ferimentos haviam sarado tão rapidamente, por quanto tempo dormi?
            Ela olhou para mim com carinho e disse que não precisa ficar preocupada, afinal havíamos derrotados nossos inimigos... Então voltei minha atenção para o que me cercava, percebi que estávamos nos Campos dos Sentimentos onde cada um possuía seu vilarejo e viviam em harmonia.
            Fomos buscar mantimentos no vilarejo mais próximo. As pessoas de lá vivam com um belo sorriso no rosto, como se nunca tivessem tido algum problema... A esperança me levou até um pequeno casebre, onde residia um rapaz de aparência humilde, porém esboçava um belo sorriso que me deixou desconcertada.
            - Senhor, estamos de passagem por suas terras e precisamos de sua ajuda...
Ele olhou para mim com carinho e disse:
- Tem certeza que ainda não encontrou o que procurava?
Olhei para a esperança e ela sorria para aquele rapaz, como se soubessem de algo que eu ainda não havia percebido. Ele se aproximou e olhou no fundo dos meus olhos, naquele instante pude perceber que minha jornada havia chegado ao fim, à felicidade estava bem ali na minha frente com simplicidade ela se mostrou e depois se tornou preciosa...
            Depois de algum tempo descobri que o senhor que liderava o vilarejo se chamava amor... Onde ele estava? Ao meu lado segurando em minhas mãos. A esperança estava viajando com outras pessoas guiando – as para que encontrassem a felicidade...
            Atualmente meu mundo está em flores. A primavera retornou...

                                 Isabela Maria
           


           


segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Mudanças

Serei como a brisa que passou por sua vida, não saberá de onde eu vim nem para onde vou...
Serei como as lembranças que ficarão guardadas em sua memória e talvez um dia puxe-as para perto de si novamente.
Serei como a água que te molha e que ao Sol rapidamente suas gotículas  desaparecem.
Serei como o arco-íris... farei  um espetáculo em sua vida, mas irei embora quando menos esperar...
Serei como as pegadas na areia da praia, que com as ondas sumirão.
Serei como as folhas levadas pelo vento, estarei perto de você, mas quando o vento soprar novamente e seus olhos se voltarem para o horizonte, estarei me distanciando cada vez mais de seu coração.
Serei como o Sol, iluminarei seu caminho, porém as vezes sua vida ficará nublada para que possa aprender a amar a si mesmo antes de qualquer coisa.
Enfim serei infinito como o Universo e findável como a vida...


quarta-feira, 15 de junho de 2011

Sentimentos II

 E se a vida não for assim tão bela, dançarei para ela a melodia mais linda, que toque o coração, envolvendo-me no rio da emoção mergulharei para as profundezas, voarei para os mais altos montes, chegarei no topo do mundo e ouvirei a canção regente da vida... Assim encontrarei a paz e acima de tudo o prazer de viver os sonhos mais inusitados e belos que alguém já ousou viver.



Sentimentos

Tento seguir em frente,mas o passado retorna como a névoa todas as manhãs...Lembranças que não partem,copos que se quebram, lágrimas que rolam, o caos prevalece em um planeta distante que é o meu mundo....

 

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Encontro

E um dia pela manhã acordarei e voarei com você... Para  uma longa aventura.
Compartilharei meus pensamentos com a pessoa que é minha ligação, leal, sem ela meu mundo não existe...
Ainda nos encontraremos....

sábado, 8 de janeiro de 2011

Amigos

Caminhando pela rua em um dia nublado, senti falta da minha infância...
Lembro-me do meu primeiro dia de aula. Minha mãe segurava minhas mãos e quando ela se foi eu fiquei olhando os novos rostos que me cercavam, com o passar dos dias tornaram- se meus amigos. Então eu já nem encontrava dificuldades para acordar... Aprendi a amarrar o tênis, assim como hoje amarro certos fios da minha vida.
Porém eu fui crescendo e mudei de escola e aqueles amigos ficaram para trás... A saudade apertou em meu peito ao lembrar-me de todos os rostos que um dia toquei, via seus sorrisos, ah que saudades.
Continuei caminhando, mas parei quando em um banco da praça vi alguém que me pareceu familiar, será que era ela? Minha amiga que há tanto tempo não via? Lembrei-me de nossos passeios juntas e como riamos com facilidade. Era tão boa a sensação de estar com ela.
- Desculpe- me pensei que fosse alguém que conheço...
Agora começava a garoar, fui em direção à praia. Tirei os sapatos e senti a areia nos meus dedos, a água molhava meu tornozelo, parei e olhei para o mar que apesar da chuva continuava belo. Fiquei ali parada sentindo um turbilhão de emoções, milhares de imagens eram projetadas em meu cérebro... Escola nova, pessoas novas, sorrisos, abraços, lágrimas, brigas, piadas, separação, decepção, o beijo que nunca foi dado, vergonha, covardia e acima de tudo coragem. Coragem para demonstrar o que sentia.
Meu telefone toca, ouço uma voz conhecida, fico feliz ao ouvi- lá. Talvez o Universo realmente conspire ao meu favor.
- Oi! Quanto tempo...
- Sim muito tempo...
A ligação cai. Viro para ir embora e me surpreendo com o que vejo...
Todos estão ali, amigos, amigas, todos vieram me encontrar. Fiquei parada ali contemplando aqueles rostos que fizeram parte da minha vida, eu corri para abraça-los e eles fizeram o mesmo, lágrimas rolaram junto com a água do mar...
Amigos são para sempre, assim como um poeta disse que não viveria sem amigos, eu digo o mesmo, amigos são como irmãos e quando se vão sentimos como se uma parte de nós fosse arrancada e nunca será curada, não importa o que se faça, não adianta tentar substituí- las, porque não há substituição, mesmo que outra pessoa tente, não há como, pois seres humanos são únicos, nunca são iguais, cada um com sua personalidade, com jeito de ser, de conquistar, de sentir, somos insubstituíveis.
Mesmo que a distância nos separe, preservarei vocês não só em minhas lembranças, mas em minha vida, pois vocês fizeram parte desse projeto e se um dia esquecerem-se de mim, pois eu sei que isso acontece é inevitável, tente olhar para as coisas mais simples da vida e eu estarei lá, talvez na folha que cai, ou no sorriso de alguém, pois amigos chegam com simplicidade e tornam- se pedras preciosas, e se um dia a angústia operar em sua alma, lembre - se do meu telefone eu estarei apto a ouvi-lo, escreva cartas mande e-mails, faça o possível para manter contato, pois estarei esperando um sinal de vida de vocês para me alegrar e tirar da solidão que é uma vida sem amigos.
Assim termino algo que está apenas no começo... A luta para manter um laço de amizade, amarro- o com a mesma felicidade de quando aprendi a amarrar o cadarço...
Amigos, sempre amigos, sempre irmãos...