Um turbilhão de emoções

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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Jornada



É inverno no meu mundo, a neve cai constantemente. Faz anos que a primavera foi e não voltou... Ando por aí a procura dela, mas um sábio disse que ela somente voltará com a felicidade, portanto estou à procura dessa tal.
Iniciei minha jornada nas Montanhas dos Sonhos, onde encontrei coisas que nunca imaginaria que houvesse se não fosse nos devaneios de alguém, porém ela lá não estava.
Desci a montanha com a frustração me cercando, essa sorria de maneira irônica e provocante, aquilo me deixava cada vez mais infeliz... Mas a esperança segurou em minhas mãos e me ajudou a escalar algumas pedras e a levantar quando os pedregulhos do caminho me faziam tropeçar.
Segui pelo Deserto dos Desejos, mas lá não avistei nada a não ser o vento levando as areias do tempo para longe, bem longe... E mais uma vez a frustração olhou para mim com ar esnobe e continuou a zombar, dizendo que a busca era inútil, que nunca encontraria a tal felicidade... Meus olhos se banharam de lágrimas, porém mais uma vez a esperança me ajudou com seu abraço me reconfortou e me deu forças para continuar a jornada.
Houve um dia em que o medo me perseguiu e quase morri ao me deparar com o Penhasco da Dúvida, esta me puxava cada vez mais para o abismo, estava enfeitiçada pelo medo e fui em direção à dúvida, está parecia acolhedora. Mas senti algo me puxar... Era a esperança novamente zelando por mim, sorria carinhosamente...
Cheguei a Gruta das Dores, sendo esta a parte mais difícil da viagem. Passei a noite lá e durante a madrugada comecei a ter calafrios e a delirar, pedia para que me levassem desse mundo, pois já não aguentava tanto dor, tanta desilusão... A frustração continuava ali ao meu lado zombando dizendo que eu nunca iria conseguir, o medo continuava no meu encalço, esperava apenas uma brecha, um descuido para atacar. Senti que estava desfalecendo, meus olhos começavam a se fechar e a ultima coisa que vi foi o rosto da esperança que apesar da preocupação passava confiança e segurança.
Abri os olhos com dificuldade, estava em um lugar muito iluminado... Será que meu pedido havia sido atendido? A frustação, a dúvida e o medo tinham me vencido? Tentei levantar, senti mãos macias me ajudando, era a esperança mais uma vez cuidando de mim, perguntei o que havia ocorrido, por que estava tão machucada? E como meus ferimentos haviam sarado tão rapidamente, por quanto tempo dormi?
            Ela olhou para mim com carinho e disse que não precisa ficar preocupada, afinal havíamos derrotados nossos inimigos... Então voltei minha atenção para o que me cercava, percebi que estávamos nos Campos dos Sentimentos onde cada um possuía seu vilarejo e viviam em harmonia.
            Fomos buscar mantimentos no vilarejo mais próximo. As pessoas de lá vivam com um belo sorriso no rosto, como se nunca tivessem tido algum problema... A esperança me levou até um pequeno casebre, onde residia um rapaz de aparência humilde, porém esboçava um belo sorriso que me deixou desconcertada.
            - Senhor, estamos de passagem por suas terras e precisamos de sua ajuda...
Ele olhou para mim com carinho e disse:
- Tem certeza que ainda não encontrou o que procurava?
Olhei para a esperança e ela sorria para aquele rapaz, como se soubessem de algo que eu ainda não havia percebido. Ele se aproximou e olhou no fundo dos meus olhos, naquele instante pude perceber que minha jornada havia chegado ao fim, à felicidade estava bem ali na minha frente com simplicidade ela se mostrou e depois se tornou preciosa...
            Depois de algum tempo descobri que o senhor que liderava o vilarejo se chamava amor... Onde ele estava? Ao meu lado segurando em minhas mãos. A esperança estava viajando com outras pessoas guiando – as para que encontrassem a felicidade...
            Atualmente meu mundo está em flores. A primavera retornou...

                                 Isabela Maria
           


           


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