Um turbilhão de emoções

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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Sombras da Alma


Hoje o dia amanheceu nublado, as nuvens cobriram meus olhos...
Comecei caminhar às cegas, gostaria que alguém me guiasse até meu lar, porém não encontrei ninguém que pudesse me ajudar.  Alguns passos depois percebi que minha visão estava voltando, olhei a minha volta e vi uma velha casa com um jardim de flores secas, as árvores já estavam sem vida, à pintura da fachada se fora com o tempo. Resolvi entrar...
Ao abrir a porta me deparei com vários móveis cobertos com lençóis brancos, a poeira predominava o local... Andei a esmo pelos cômodos tentando encontrar alguém, algum sinal de vida, algo que trouxesse minha vida de volta. Subi a escada e fui em direção a uma porta aberta no fim do corredor, como sempre o silêncio predominava o local, isso aumentava meu medo, porém algo me puxava para aquele cômodo, talvez fosse apenas curiosidade, mas eu sabia que tinha algo a mais.
Parei na porta. O medo sussurrava em meu ouvido:
- Saia daqui antes que seja tarde demais...
Resolvi não dar atenção a ele e entrei no cômodo. Era um pequeno quarto com lindas decorações em formas de espirais nas paredes, assim como os móveis do térreo estes estavam escondidos por lençóis brancos, os retirei, fazendo as partículas de poeira flutuarem no ar como se estivessem dançando para mim. Um pequeno sorriso formou-se no canto de minha boca, me assustei,  há tempos isso não acontecia, e assim fiz com todos os móveis da velha casa. Corria de um canto a outro rindo e brincando com as partículas que dançavam para mim...
         Encontrei um baú em baixo do lindo piano da casa... O abri e me surpreendi ao ver o que estava lá dentro. Havia várias fotos, sorrisos, abraços, carinhos, beijos, e uma pequena caixa de música. Quando eu a abri uma linda música preencheu o silêncio. Tinha uma vaga lembrança daquela melodia, vinha de uma vida cheia de afeto e alegria. Como magia a luz do Sol penetrou nas nuvens de meus olhos e me fez enxergar com clareza...
         Sentado no sofá da pequena sala estava um belo moço, sem jeito me aproximei dele e o perguntei:
         - Está casa é sua? Desculpe estava vazia...
         Ele olhou para mim com ternura e me puxou para junto de si, sussurrando em meu ouvido:
         - Não... Ela é nossa.
         Ele viu a confusão em meus olhos, me abraçou e repentinamente entendi tudo...
         O jardim estava em flores, às árvores voltaram a fazer sombra durante o verão e eu ainda ouço a bela canção, que um dia foi tocada dentro do meu coração...



     


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