Mais
uma noite gélida em seu planeta onde o caos reina completo, a escuridão
prevalece e os sonhos se desvanecem como a bruma... Ah como um coração
destroçado pode suportar tamanha dor e desilusão?
Caminhar
a esmo pelas ruas já não lhe faz bem, não é mesmo? Ah quantos livros foram lidos?
Quantos passatempos criados na tentativa de esquecer, de acabar com esse
vazio? Do qual você não sabe especificamente do que se trata, apenas sabe que
provoca dores em lugares que jamais pensara ser possível sentir.
As cinzas
caem sobre a terra, levadas pelo vento de um lado a outro do campo de batalha
que é sua vida, o cenário a sua frente é desolador, tantas vidas perdidas,
tantos sonhos ceifados e enterrados, as lágrimas turvam seu olhos, as pernas
fraquejam e você desaba na neve. Faz anos que o inverno chegou e fez morada em
seu planeta.
Sentir
– se desmoronando como um alto edifício que vê suas fundações ruírem, sentir –
se como um satélite que perdeu seu planeta, como os troncos arrastados pela
correnteza, afogar – se em seu próprio desespero...
Não
há esperança para um coração estilhaçado, para uma alma perdida. Seus sonhos se
foram, sepultados no mar esquecimento, seus anseios tornaram - se pó e a solidão
tornou – se amiga. Então durma pequenino, entre para sempre no mundo dos
sonhos...
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