A chuva me impede de ver com clareza o que está a minha frente, sinto meus músculos reclamarem...
Lembro-me
apenas de sair correndo após palavras que não deveriam ter sido proferidas,
jamais faladas pela pessoa que amo, saiu como o golpe de uma adaga em coração
fraco pelo tempo.
Neste
momento a chuva caia com fulgor, corri o mais rápido que pude, queria me
afastar daquele pesadelo que chamavam de vida... Tropecei algumas vezes no
caminho, me machuquei feridas foram abertas, mas levantei e continuei a correr
naquela estrada que parecia não ter fim. A chuva continuava a cair, mas a
esperança crescia em meu coração.
A
esperança de um dia não ter que chorar por mágoas deixadas pelo fantasma que
assombrava meu planeta, de não ter que corresponder por ações não feitas por
mim, um mundo onde a desilusão não é minha amiga. Senti meus sonhos voltarem, a
chuva diminuía e com carinho acariciava meu rosto.
Finalmente
cheguei ao fim da estrada... O sol nascia além-mar, um lindo espetáculo e tive
a certeza de que assim como a fênix eu renascia das cinzas. Senti o ar gelado
adentrar meu pulmão e limpar minha alma. Desci até a plataforma onde havia um
barco a minha espera. Segurei os remos e me dirigi para o sol que nascia...
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