Um turbilhão de emoções

Boas Vindas

Sejam todos bem vindos!!!
Compartilhem suas ideias, sonhos, imaginações, por mais que pareçam estranhos, gostaria de ouvi-los.
Aqui posto meus textos, minhas ideias...
Beijinhos

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Tempo


O sol está no horizonte e seus últimos raios fazem sombras na areia da praia. Suavemente o mar banha meus pés, sua água vai e volta e isso me faz lembrar os momentos que passei com pessoas que marcaram minha vida...
Houve uma época em que sorrir era mais fácil, o choro era de alegria, as palavras não eram ensaiadas, a vida era menos complicada. Porém assim como as árvores envelhecem, nós também completamos nossas primaveras e com elas aprendemos que não importa o quanto as outras estações sejam difíceis no tempo certo floresceremos.
Sinto a água a minha volta calma e tranquila. Respingos molham meu rosto e se misturam com as lágrimas que escorrem por minha face. A separação foi difícil e assim como o vento, ele se foi e na brisa restou apenas o som do seu riso, que bailava a minha volta, assim como a água. O seu riso me trouxe as lembranças de minhas primeiras primaveras... Regadas à felicidade e carinho.
Com o tempo isso se perdeu. Às vezes o processo de mudança é tão doloroso que nos esquecemos de que foram através dessas mudanças que conquistamos as melhores coisas do mundo... A certeza de que conseguimos vencer os obstáculos impostos a nós e de que somos vitoriosos por tentar e não desistirmos no meio do caminho, mesmo que não tivéssemos forças, mesmo que as lagrimas impedissem de enxergarmos com clareza... Chegamos ao destino.
Naquele momento danço com o vento... A água respinga nos meus cabelos e as lagrimas desaparecem, foram levadas com as ondas do mar e se misturaram sumindo para sempre, agora só me resta o choro de felicidade. Sei que ele não vai voltar... É doloroso, mas comigo ficou a lição de sempre manter um sorriso no rosto e assim levar a felicidade para o mundo.
Agora que estou prestes a comemorar mais uma primavera, retomo as lembranças dos primeiros anos de vida e dos melhores momentos e coloco todos em uma caixinha de surpresas chamada coração. Assim terei a certeza de que não serão perdidos nem estragados pelo tempo, meus tesouros encontrados e guardados com muito carinho.



segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Corrida


A chuva me impede de ver com clareza o que está a minha frente, sinto meus músculos reclamarem...
Lembro-me apenas de sair correndo após palavras que não deveriam ter sido proferidas, jamais faladas pela pessoa que amo, saiu como o golpe de uma adaga em coração fraco pelo tempo.
Neste momento a chuva caia com fulgor, corri o mais rápido que pude, queria me afastar daquele pesadelo que chamavam de vida... Tropecei algumas vezes no caminho, me machuquei feridas foram abertas, mas levantei e continuei a correr naquela estrada que parecia não ter fim. A chuva continuava a cair, mas a esperança crescia em meu coração.
A esperança de um dia não ter que chorar por mágoas deixadas pelo fantasma que assombrava meu planeta, de não ter que corresponder por ações não feitas por mim, um mundo onde a desilusão não é minha amiga. Senti meus sonhos voltarem, a chuva diminuía e com carinho acariciava meu rosto.
Finalmente cheguei ao fim da estrada... O sol nascia além-mar, um lindo espetáculo e tive a certeza de que assim como a fênix eu renascia das cinzas. Senti o ar gelado adentrar meu pulmão e limpar minha alma. Desci até a plataforma onde havia um barco a minha espera. Segurei os remos e me dirigi para o sol que nascia...