Um turbilhão de emoções

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Aqui posto meus textos, minhas ideias...
Beijinhos

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Desolação


É manhã em seu mundo e o único cenário que você vê é o da desolação, fruto das batalhas de uma guerra que já dura anos e que agora parece perdida. Os últimos ataques inimigos resultaram em grandes baixas em seu exército que resistiu tempo suficiente para que fugisse para um local seguro... Seguro...  O que seria seguro?  Agora já não restava nada que te trouxesse de volta do abismo, que o fizesse emergir das profundezas desse oceano de angústia e tristeza que aumentava a cada segundo, porém o pior era o medo. Medo da loucura que rastejava lentamente ao seu encontro.
Em seu esconderijo pensa em todas as táticas de guerra que poderia ter usado para salvar a vida de seus companheiros que sempre estiveram ao seu lado e que por covardia você abandonou a sua própria sorte, não foi corajoso o bastante para lutar ao lado deles, escolhendo o caminho mais fácil e que acreditava ser menos doloroso, porém machucados na consciência doem mais que um membro amputado.
Os pensamentos estão turbulentos em ponto de erupção. Cria coragem para sair do esconderijo. As ruas estão cheias de destroços das explosões, onde haviam prédios e praças agora restam apenas às cinzas dos sonhos que morreram. Anda pelas ruas a procura de sobreviventes para compartilhar suas lamúrias e desilusões, precisa de alguém para conversar. Aparentemente o último ataque não permitira sobreviventes. Então como é sentir-se o último ser da terra que tanto amou, e que nunca valorizou? Como é sentir o cheiro pútrido da morte no ar? Como é sentir esse buraco negro que suga sua essência e que só aumenta a cada dia em seu âmago? Como é caminhar sozinho rumo ao inferno?
Abandonar os sonhos é abandonar a si mesmo, é perder-se na imensidão de impossibilidades que é a vida. É deixar que o medo de vencer o torne um espectro perdido no tempo. Porque lágrimas são bem vindas e necessárias para lavar a alma, uma pessoa sem sonhos é um ser que vaga erroneamente pelo universo. E não importa o quão difícil seja a batalha ou que esteja sem forças para prosseguir, sempre haverá um fio de esperança, uma luz que um dia o fará ganhar a guerra.

            Crescemos, vivemos e quando nosso último dia finalmente findar levaremos nossos sonhos conosco. Porque nós somos feitos de sonhos...